Abstract

Este estudo apresenta uma leitura do romance O risco do bordado, de Autran Dourado, defendendo-o como parte integrante da tendência mitopoética que surge entre os escritores do século XX. O romance traz à luz o drama tauromórfico de João da Fonseca Nogueira, alter ego de Dourado e ficcionalmente o escritor responsável pela articulação das narrativas passadas em Duas Pontes, cidade invencionada pelo escritor mineiro. As dores de João – a alternância radical de pulsões de vida e de morte, a continuidade do sofrimento familiar como um legado e o desejo incestuoso pela mãe – compõem núcleo seminal de que partem imagens poéticas e para o qual convergem mitos da tradição ocidental.

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