Abstract

Este artigo busca apresentar de forma concisa o denominado Problema da Indução em David Hume e Thomas Reid. Em Hume, tem-se a recusa profunda de os raciocínios indutivos serem fruto ou resultado de um processo racional. No entanto, em Reid, para além de uma recusa em um processo dito racional, há o apelo àquilo que este chamou de princípios constitutivos da mente humana. Hume apela a um ceticismo epistemológico no qual se viu enredado, ao passo que Reid opta por um caminho diferente, em que o raciocínio indutivo decorre de princípios com os quais a mente humana opera constitutiva e originariamente. Vale ressaltar que a utilização de um pensador como Reid em contraposição a Hume foi feita justamente pelo fato de o contemporâneo Problema da Indução ter sido objeto de reflexão e suscitar, assim, respostas diferentes de ambos filósofos.

Highlights

  • This article seeks to present in a concise way the so-called Problem of Induction in David Hume and Thomas Reid

  • O problema da indução está em que, segundo Hume: A razão jamais pode nos mostrar a conexão entre dois objetos, mesmo com a ajuda da experiência e da observação de sua conjunção constante em todos os casos passados

  • Para Hume: “A razão jamais pode mostrar a conexão entre dois objetos, mesmo com a ajuda da experiência e da observação de sua conjunção constante em todos os casos passados” (2009, p. 121)

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Summary

Introdução

Esta investigação tem como cerne o Problema da Indução em David Hume (1711 – 1776), filósofo britânico, nascido na Escócia, conhecido, em grande parte, por seu ceticismo filosófico, e Thomas Reid (1710 – 1796), nascido em Strachan, Aberdeenshire, fundador da escola escocesa da filosofia do senso comum. A principal crítica feita por Hume quanto ao problema da indução parece ser que, racionalmente, não podemos justificar uma inferência que parte do observado e chega ao não-observado. Tais inferências não são dedutivamente validas, isto é, mesmo se a premissa for verdadeira é possível que a conclusão seja falsa, uma vez que os As não observados podem diferir dos observados. Nessa mesma linha de pensamento, segundo Popper: “[...] independente de quantos casos de cisnes brancos possamos observar, isso não justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos” É necessário trazer o contexto no qual o problema da indução surge nas obras de Reid, de que forma isso é tratado, que estratégias são pensadas por ele para resolver essa questão e com quem Reid está debatendo naquele momento

O problema da indução em David Hume
Relevância contemporânea do problema da indução
Conclusão
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