Abstract
O presente artigo tem por objetivo comparar a estrutura das cadeias agroindustriais do café brasileira e alemã, visando compreender a razão que conduz a Alemanha a deter a liderança na exportação de cafés, em especial os industrializados (descafeinados, torrados em grão e/ou moídos e solúveis), considerando-se que não detém a competência na produção de cafés, que possui o Brasil. Como aporte teórico utilizaram-se as perspectivas oferecidas pelas principais estruturas de coordenação, mais especificamente o supply chain management, netchain, networks e subsistema estritamente coordenado. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa documental, combinada com a análise de conteúdo, proposta por Bardin (2000), as quais culminaram na criação de 12 critérios. Esses critérios favoreceram a geração do Mapa de Análise Comparativa entre as Cadeias Agroindustriais do Café Brasileira e Alemã, apresentado nos resultados e análises das informações. O estudo conclui que as duas principais razões que conduzem a Alemanha ao sucesso estão centradas na forte ação estratégica de mercado das suas empresas, coordenado por uma forte governança institucional.
Highlights
Tent analysis as proposed by Bardin (2000), which led to the creation of twelve criteria. Using these criteria facilitated the generation of a comparative analysis chart, presented when the data are analyzed and conclusions draw regarding the Brazilian and German coffee chains
The study concludes that the two major reasons underlying the success of Germany are the robust market strategies of its firms and the strong institucional guidelines governing their activities
A disponibilidade de tecnologia para a produção de produtos tecnologicamente compatíveis com a demanda de mercado contribui para que a indústria se torne mais competitiva
Summary
Para que a almejada liderança internacional dos setores produtivos do Brasil seja alcançada, a tese ora defendida pelo mercado é a de que a ação comercial brasileira passe a adotar práticas utilizadas pelos principais mercados industriais do mundo. Atualmente, o País sustenta estruturas produtivas à montante, perdendo rentabilidade e market-share no mercado internacional de café, que atualmente negocia US$ 100 bilhões/ano, conforme dados da Oxfam (2002). A ruptura do paradigma de mero exportador de commodities converge diretamente sobre a forma de pensar o agronegócio café e, respectivamente, nos processos de evolução da ação dos agentes produtivos, em especial a indústria, em relação à ação internacional, a qual ainda não ultrapassa 1,2% do montante comercializado internacionalmente (FREITAS, 2006). Como se trata de um estudo sobre cadeias produtivas, na primeira parte apresenta-se a revisão de literatura, que discorre sobre as principais estruturas de coordenação, em especial o supply chain management, netchain, networks e subsistema estritamente coordenado. São exibidos os resultados e discussões do trabalho, seguidos pela parte final, na qual se encontram as conclusões
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