Abstract

O artigo tem por objetivo descrever o processo de estruturação do ciclo de estudos sobre as relações raciais no Brasil patrocinado pela Unesco no início dos anos 50. Ao realçar a atuação de determinados atores sociais e suas respectivas visões a respeito do empreendimento a ser realizado no país, foi possível verificar os elos de ligação entre as demandas da agência internacional e o leque de questões formuladas pelas ciências sociais brasileiras. Esta agenda, sintetizada por Arthur Ramos no final dos anos 40, colocava para a inteligência do país inserida no mundo universitário o desafio de associar a qualificação profissional nos campos da Antropologia e da Sociologia e o incremento de pesquisas que pudessem decifrar o que o antropólogo considerava ser a singularidade brasileira, o "laboratório de civilização". Para Arthur Ramos, o tema das relações raciais assumia um lugar privilegiado para a percepção e análise dos desafios da transição do tradicional para o moderno, do cenário de significativas desigualdades sociais e raciais, da diversidade regional e da busca em conformar, em definitivo, uma identidade nacional.

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