Abstract

O presente artigo tem como objetivo apresentar a introdução histórica da noção de intencionalidade, tal como ela se deu no âmbito da investigação filosófica e científica acerca da Etologia, ou seja, da ciência da formação do caráter. Nossa estratégia argumentativa consistirá em sustentar que John Stuart Mill, em sua obra Lógica das ciências morais, e Franz Brentano, em sua obra Psicologia do ponto de vista empírico, acordaram explicitamente que a Psicologia seria a ciência das leis elementares da mente e a Etologia seria a ciência que corresponderia à arte da educação no sentido mais amplo. Portanto, o artigo tratará, num primeiro momento, de especificar os pontos convergentes das duas teorias e, num segundo momento, de sustentar que a diferença fundamental entre as Psicologias de Mill e Brentano estava no fato de que a tese de Brentano não reconhecia o pressuposto milliano fundamental de que a relação causal entre fenômenos psíquicos deveria ser o objeto de estudo da Psicologia, a partir do qual as leis psíquicas seriam estabelecidas. A análise mostrará que, para Brentano, o fenômeno psíquico seria, enquanto objeto de estudo da Psicologia, a própria relação fundamental entre fenômenos físicos e fenômenos psíquicos. Esta relação fundamental estaria caracterizada por sua natureza intencional, a qual apresentava a descrição dos fenômenos físicos como conteúdos ou objetos dos fenômenos psíquicos. A consequência desta tese brentaniana implicaria, portanto, que a fundamentação da Etologia também decorreria da investigação da natureza intencional dos fenômenos psíquicos.

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