Abstract

Este artigo analisa a crítica elaborada por Celso Furtado ao estilo de desenvolvimento adotado durante os anos da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), especialmente nos anos do “milagre” econômico. A metodologia deste trabalho utiliza as ferramentas analíticas da linguagem do ideário político de John Pocock, da sociologia do conhecimento de Karl Mannheim e do materialismo histórico-dialético de Karl Marx. Ou seja, leva-se em consideração o contexto histórico-material-político-linguístico no qual Furtado produz sua reflexão, localizando-o no debate sobre o desenvolvimento brasileiro e os seus desafios, especialmente em um período de forte repressão política. Além disso, utilizamos o enfoque de estilos de desenvolvimento na América Latina, elaborado por Aníbal Pinto e Jorge Graciarena, ambos membros da CEPAL na década de 1970, a fim de compreender a crítica de Furtado ao estilo de desenvolvimento adotado no Brasil, dentro de uma análise que transcende a dimensão econômica e aprofundando cada vez mais sua abordagem interdisciplinar.

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