Abstract

O pensamento de Manoel Bomfim e Alberto Torres entra para o cenário nacional, principalmente, pela originalidade ao tratar o “Brasil-Problema” desconectando-se dos seus contemporâneos ao refletir o país pelo viés sócio-histórico e não racialista. Suas ideias soam como dissidentes numa época onde prevalece o racismo científico e a preocupação das elites concentrava-se na miscigenação, a mistura entre raças superiores e evoluídas (europeus) e raças inferiores e atrasadas (índios e negros). Destas preocupações surgiram análises sobre a realidade brasileira que, mais tarde, foram incorporadas à constituição de políticas de branqueamento no país. O presente artigo traz uma reflexão sobre a obra dos autores em questão evidenciando suas análises sobre o Brasil e as soluções que propõem para a situação do país ao buscarem contribuir para a formação do “Brasil-Nação”.

Highlights

  • Na passagem do século XIX para o XX, a elite brasileira estava preocupada com os rumos do país

  • No Brasil o discurso europeu foi sendo articulado por diversos intelectuais que consideravam as características fenótipas como determinantes das aptidões individuais, “as relações sociais se tornam variáveis derivadas da biologia” (COSTA, 2006, p. 153), esta última passando a ser definidora das hierarquias sociais então observáveis

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Summary

Introduction

Na passagem do século XIX para o XX, a elite brasileira estava preocupada com os rumos do país. No Brasil o racismo científico direciona suas lentes para a questão da miscigenação já que esta chamava mais as atenções dos que estavam preocupados com a viabilidade do país: a mistura entre raças superiores e evoluídas (europeus) e raças inferiores e atrasadas (índios e negros), para alguns, gerava a degeneração, enquanto outros a positivavam.

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