Abstract

Este texto problematiza o olfato como objeto de pesquisa da história a partir das memórias olfativas dos entrevistados de Boqueirão/PB sobre a produção dos alimentos advindos da agricultura moderna, realizada às margens do açude Epitácio Pessoa, conhecido popularmente como açude de Boqueirão. Inspirados em Corbin (1987), problematizamos, por meio do conceito de olfato, como a modernização da agricultura impacta a saúde humana e o meio ambiente. Exploramos essas “memórias” (Candau, 2019) olfativas no campo da história oral (Alberti, 2004; 2019) e utilizamos como metodologia a análise do discurso (Foucault, 2008). Pautados em Certeau (2019), fizemos uma história do cotidiano a partir da leitura das sensibilidades (Pesavento, 2007) olfativas referente aos processos históricos e culturais de produção dos alimentos em Boqueirão. Constatamos que o olfato é um poderoso sentido de captura, escrita, leitura e de problematização de lugares sociais, de épocas e de problemas do tempo presente que afligem a sociedade, como os danos provocados na saúde humana pelos agrotóxicos.

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