Abstract
Introdução: As doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, representam um desafio significativo para a saúde pública global devido à sua progressão debilitante. Evidências recentes sugerem que o microbioma intestinal desempenha um papel crucial na regulação da homeostase cerebral e na patogênese dessas enfermidades por meio do eixo intestino-cérebro, influenciando processos neuroinflamatórios, metabólicos e imunológicos. Metodologia: Este estudo realizou uma revisão bibliográfica em bases científicas como PubMed, Google Scholar e SciELO, abrangendo publicações de 2015 a 2024. Os critérios de inclusão focaram em estudos sobre a relação entre microbioma e doenças neurodegenerativas, enquanto artigos irrelevantes e revisões sem dados primários foram excluídos. Resultados e discussões: Os achados indicam que a disbiose intestinal está associada ao aumento da inflamação sistêmica e ao comprometimento da barreira hematoencefálica, favorecendo a deposição de proteínas patológicas, como β-amiloide no Alzheimer e alfa-sinucleína no Parkinson. A produção reduzida de metabólitos neuroativos, como os ácidos graxos de cadeia curta, compromete a neuroproteção e pode acelerar a neurodegeneração. Intervenções baseadas na modulação da microbiota, como probióticos, prebióticos e transplante de microbiota fecal, mostram potencial terapêutico na redução da neuroinflamação e na melhora dos sintomas dessas doenças. Considerações finais: Conclui-se que a modulação do microbioma intestinal pode representar uma estratégia promissora na prevenção e no tratamento de doenças neurodegenerativas. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar mecanismos específicos e estabelecer diretrizes clínicas baseadas em evidências.
Published Version
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have