Abstract
Este artigo retoma o debate inaugurado por Gilles Deleuze sobre a imagem-pulsão e avalia como tais imagens se fazem presentes no cinema brasileiro contemporâneo. O trabalho recua até Sigmund Freud para explicitar o conceito de pulsão e até Herbert Marcuse para pensar o engajamento das pulsões nas relações socioculturais. Neste percurso, descreve-se uma nova forma de pensamento no cinema a partir do conceito. No contexto do cinema brasileiro, identificou-se que não há um filme constituído unicamente por imagens-pulsão, em lugar disso, elas se encontram dispersas em cenas de diferentes filmes, desempenhando funções diversas nas relações entre mundos originários e derivados.
Highlights
This paper aims to continue the debate began by Gilles Deleuze about the impulseimage and evaluate in which ways these images exist in contemporary Brazilian cinema
Assim, espera poder contribuir com o debate sobre como tratar a imagem-pulsão na contemporaneidade, que aparece em dispersão em diferentes cenas, para além da clausura do filme
Summary
This paper aims to continue the debate began by Gilles Deleuze about the impulseimage and evaluate in which ways these images exist in contemporary Brazilian cinema. Após realizar a construção teórico-metodológica, analisamos dois filmes que, em algumas passagens, exploram a imagem-pulsão no cinema brasileiro contemporâneo: Cronicamente Inviável, de Sérgio Bianchi, e Amarelo Manga, de Cláudio Assis. Esta estrutura pode ser associada, conforme veremos, ao que propôs Deleuze sobre a imagem-pulsão e sua função de atualização do mundo originário no meio derivado.
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