Abstract


 Este trabalho tem como objetivo principal analisar o desenvolvimento sócio-espacial da Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) na cidade de Fortaleza (Ceará), Brasil. Nesta investigação empírica, estudou-se o objeto a partir de duas dimensões: a dimensão espacial e espontânea das atividades agrícolas e a dimensão institucional, através das ações do Poder Público Municipal. Para aprofundar o primeiro aspecto, a pesquisa realizou levantamento de dados secundários e produziu alguns dados primários; já em relação ao segundo aspecto, os principais procedimentos adotados foram a análise documental de Planos e Projetos e a realização de entrevistas com órgãos envolvidos nessas experiências. Os resultados obtidos com a investigação exprimem, de um lado, a grande relevância que essas atividades agrícolas possuem na cidade, principalmente em áreas periféricas e periurbanas; de outro lado, a realização de experiências governamentais de forma bastante pontual e descontínua, sem que haja a construção de uma agenda institucional mais ampla voltada à temática no âmbito local. Assim, embora haja o esforço recente da municipalidade em realizar ações voltadas para o tema, constata-se o ainda fraco amparo da atividade em termos legais e institucionais. Um efeito observado dessa situação é a rápida extinção dos espaços produtivos da cidade nos últimos anos, revelando que as ações institucionais não têm de fato conduzido ao desenvolvimento sócio-espacial das iniciativas espontâneas.
 
 Palavras-chave: Agricultura Urbana e Periurbana. Desenvolvimento sócio-espacial. Planejamento urbano.
 

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