Abstract

No território Kalunga, as mulheres são responsáveis pelo cuidar das famílias e da comunidade. Uma destas responsabilidades é delegada às guardiãs dos saberes que detêm o saber-fazer remédios caseiros e a benzeção. Numa perspectiva decolonial, os saberes populares são analisados como medidas paliativas de apaziguamento das enfermidades nos quilombos em Monte Alegre de Goiás. Partindo de uma abordagem qualitativa investigou-se qual a relação destas mulheres com a promoção e o cuidado da saúde naquele território. O artigo conta com resultados preliminares da pesquisa de pós-doutoramento que teve início com levantamento bibliográfico, e numa segunda fase com atividades de campo, onde aplicou-se a observação participante e entrevistas semiestruturadas. Observou-se que as alternativas adotadas são responsáveis pelo alívio de doenças que afligem os quilombolas. A distância e a dificuldade de acesso aos centros urbanos, bem como a pouca infraestrutura dos órgãos de saúde, contribuem para a resistência do conhecimento popular pelos grupos ainda subalternizados.

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