Abstract

Propõe-se a discussão cinema português ao nível mais conceptual possível, através da sua condição enquanto cinema nacional e da forma como a crítica e os estudos fílmicos procederam à sua análise através desse mesmo enquadramento. Serão questionados conceitos e discursos dominantes e reflectir-se-á sobre a importância pragmática do cinema português para as audiências. Com efeito, mais do que tentar responder à questão “o que é o cinema português?”, este estudo pretende explorar o que precede o ser, que é a razão de existir.

Highlights

  • Na sua recente tese de doutoramento, aquando da arqueologia do conceito de novo cinema português, Paulo Cunha invoca François Truffaut e a história de como surgiu a expressão nouvelle vague (Cunha 2015, 21)

  • Longe de uma geração espontânea ou autoproclamação inicial vinda de dentro de um grupo delimitado, esta ideia partiu de uma sugestão inicial de alguns jornalistas e críticos

  • Ian Christie, num exercício deveras pragmático, deixou bem explícito que considera que fazer a história dos cinemas através do conceito do nacional continua a ter a sua importância por três motivos fundamentais: porque a nacionalidade é relevante para os públicos; porque o “cânone nacional não tem que ser homogéneo”14; e finalmente porque as nações continuam a ser nossos quadros de referência primordiais” (Christie 2013, 27-28)

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Summary

Introduction

Na sua recente tese de doutoramento, aquando da arqueologia do conceito de novo cinema português, Paulo Cunha invoca François Truffaut e a história de como surgiu a expressão nouvelle vague (Cunha 2015, 21).

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