Abstract
A complexidade que envolve a nova configuração do campo do patrimônio cultural na atualidade tem desafiado os pesquisadores a compreender os usos sociais do passado, consubstanciados pelo imperativo da patrimonialização, em perspectiva com o movimento de expansão da memória e as dinâmicas identitárias. A despeito das especificidades dos instrumentos que fundamentam a institucionalização do patrimônio cultural no Brasil, ainda que olhares apressados tendam a caracteriza-los de ordem conceitual e/ou metodológica, em estreita articulação com a dimensão material e imaterial do bem, procuramos evidenciar é que tombamento e registro se inserem na lógica das escolhas e atribuição de valores, segundo as contingências sociais e temporais sob as quais eles se constroem e se localizam. Enquanto uma modalidade de escrita do passado, as reflexões sobre o patrimônio cultural devem considera-lo parte do esforço dos agentes envolvidos (poder público e sujeitos sociais) de tornar a experiência do transcurso do tempo em experiência partilhável social e coletivamente (GUIMARÃES, 2012). Diante da profusão de leituras, apropriações e construções de significados em torno do patrimônio cultural, o artigo trata essa escrita a partir duma perspectiva histórica, buscando contribuir com as reflexões sobre as singularidades dos processos de patrimonialização em sua historicidade.
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