Abstract

O artigo discute a relação da literatura e da linguagem de João Guimarães Rosa com o contexto de trocas e intercâmbios intelecto-culturais no Brasil dos anos 1940 e 1950 por meio da consulta aos livros do escritor em sua biblioteca, suas marcas e marginalias feitas no material impresso, identificando como o escritor consegue se aproveitar, conforme ele mesmo indica, de elementos sonoros e imagéticos de uma cultura de massas publicada em suportes como livros e demais materiais impressos, assim como rádios e filmes, revelando um Brasil aos brasileiros que se ouvem, escutam e leem, por meio de palavras, mas também por seus sons e imagens. O texto pretende adicionar ao riquíssimo projeto erudito linguístico de Guimarães Rosa, o que o levou a ser considerado o grande escrito em prosa do século XX brasileiro, suas trocas interculturais e, em especial, o relacionamento de sua arte com equipamentos de uma cultura de massas, que, ao invés de subtraírem componentes de erudição de sua obra, os potencializa e os otimiza.

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