Abstract
A carreira do bacharel em Direito é, e sempre foi, a que mais está presente na política nacional. A composição da Câmara dos Deputados ao longo da história espelha essa realidade desde o Império até os dias de hoje. Tal representação, no entanto, teve seu peso alterado, sobretudo durante o Império e após a promulgação da Constituição de 1988. O presente artigo tem por objetivo mostrar que a representação dos bacharéis em Direito na política nacional, representada pela contagem dos membros da Câmara dos Deputados, guarda ligação com a adoção de políticas de ensino superior pelos mais diferentes governos ao longo de aproximadamente dois séculos de história.
Highlights
Rodrigues (1974) afirma que "quase todos" os deputados eram brasileiros natos e a grande maioria era constituída de bacharéis em Direito, juizes e desembargadores, sendo consensual a constatação de que o diploma em leis já em 1823 qualificava a maior parte dos representantes políticos nacionais
Há acordos nos estudos sobre a assertiva de que a decisão do governo imperial em autorizar o ensino de Direito no Brasil estava relacionada principalmente à composição de nossa elite política6
A ampliação do ensino superior parece ter alcançado melhores resultados no afastamento dos bacharéis do que qualquer outra tentativa mais explícita das forças armadas de alijar os juristas do poder
Summary
A cruTeira do bacharel em Direito é, e sempre foi, a que mais está presente na política nacional. O presente artigo tem por objetivo mostrar que a representação dos bacharéis em Direito na política nacional, representada pela contagem dos membros da Câmara dos Deputados, guarda ligação com a adoção de políticas de ensino superior pelos mais diferentes governos ao longo de aproximadamente dois séculos de história. O objetivo deste artigo é quantificar esta presença ao longo de 180 anos de história e mostrar que duas alternativas nas políticas de ensino superior no país exerceram influência sobre o índice de pruticipação dos bacharéis em Direito na Câmara dos Deputados. Rodrigues (1974) afirma que "quase todos" os deputados eram brasileiros natos e a grande maioria era constituída de bacharéis em Direito, juizes e desembargadores, sendo consensual a constatação de que o diploma em leis já em 1823 qualificava a maior parte dos representantes políticos nacionais. Anterior à formação das primeiras turmas nacionais , esse período continuou marcando a presença significativa do diploma obtido em Coimbra na política brasileira (BARRETO, 1978)
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