Abstract

O artigo analisa distintas finalidades de práticas desinformacionais, notadamente no campo da saúde pública. O método contempla análise bibliográfica comparada multidisciplinar nas dobras da filosofia e da ciência da informação, tendo como principais objetos de investigação um documento literário de Machado de Assis, de 1822, e um documento governamental da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, de 2021. O intuito é comparar a ética que orienta as ações ficcionais dos charlatões do conto machadiano (os “pomadistas”) e as práticas de desinformação em saúde apontadas pela CPI em pauta. O resultado da análise revela a amplitude do fenômeno da desinformação e seus resultados, em um arco que pode se estender da proteção à vida até a condução à morte. Conclui-se que a desinformação precisa ser discutida com responsabilidade para evitar representações irrefletidas ou moralistas, e os estudos baseados na ética da informação podem contribuir para o aprofundamento filosófico e a avaliação crítica do fenômeno.

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