Abstract

O presente estudo busca uma aproximação entre os textos de Guimarães Rosa e Davi Kopenawa a partir de uma particular teoria da enunciação implícita em ambos, atentando para o lugar do morro e da montanha nas suas dinâmicas e buscando, enfim, desdobrar questões jurídicas e políticas implicadas nessa leitura. Como base desse encontro temos um outro entre José Miguel Wisnik e Eduardo Viveiros de Castro e seus campos de ressonância entre literatura e antropologia.

Highlights

  • Resumo: O presente estudo busca uma aproximação entre os textos de Guimarães Rosa e Davi Kopenawa a partir de uma particular teoria da enunciação implícita em ambos, atentando para o lugar do morro e da montanha nas suas dinâmicas e buscando, enfim, desdobrar questões jurídicas e políticas implicadas nessa leitura

  • Se os nomes todos desse primeiro parágrafo, de pronto, nos mostram um fluxo de recados que vai passando em múltiplas e inesperadas instâncias – passando por posições e também por transformações e sobredeterminações – o que não pode nos escapar é que em todas essas instâncias o que está em jogo é a possibilidade de ouvir o que diz a mata (daí as Literaturas da floresta como propõe Lúcia Sá (2012) e o sertão

  • E para darmos um último passo, vale lembrar que mesmo no campo jurídico há a possibilidade de que pensemos os coletivos nos quais vivemos como respondendo a esses mundos heterogêneos aos quais correspondem normatividades heterogêneas ou, de forma mais ampla, regimes normativos heterogêneos: essa ontologia plana entre mundo e linguagem que atravessa a multiplicidade ontológica do fluxo de recados por agenciamentos maquínicos e enunciativos, humanos e não humanos, longe de um mero plano teórico, está na base da possibilidade de intervenção no âmbito da revolução que se processa no chamado “novo constitucionalismo latino-americano” que transforma significativamente o que entendemos por sujeito de direito ou pela unicidade do estado16

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Summary

Introduction

Resumo: O presente estudo busca uma aproximação entre os textos de Guimarães Rosa e Davi Kopenawa a partir de uma particular teoria da enunciação implícita em ambos, atentando para o lugar do morro e da montanha nas suas dinâmicas e buscando, enfim, desdobrar questões jurídicas e políticas implicadas nessa leitura.

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