Abstract

Este texto empreende uma leitura crítica acerca do ideário inclusivista em educação, hegemônico nas últimas décadas, a fim de compreender seus delineamentos político-ideológicos em uma base material capitalista. Forjado no bojo das reformas neoliberais, empreendidas no final do século XX pelo capital em crise, com desdobramentos atuais no século XXI, tal ideário vem sendo disseminado de forma ostensiva na educação brasileira, particularmente no caso da inclusão escolar de pessoas com deficiência. Os delineamentos desse ideário são perscrutados pesquisa de cunho teórico-bibliográfico, com base na abordagem qualitativa e pautada no método do materialismo histórico-dialético, mediante proposições marxianas e marxistas. Os resultados situam o ideário inclusivista como reforma pontual do sistema capitalista, que tem se utilizado do discurso em prol da inclusão como uma justificativa ideológica para assegurar sua manutenção, reforçando a crença na escola redentora e idealizada, fundamentada pelas pedagogias do aprender a aprender. Disso resulta que abordar o atual fenômeno da pedagogia inclusiva requer, sobretudo, recuperar uma análise totalizante das condições objetivas a partir das quais esta se configura, dialeticamente, na e pela historicidade, concreticidade e sob tais contradições, sob o risco de se perpetuarem formas excludentes sob invólucro de inclusão.

Highlights

  • Este texto realiza una lectura crítica sobre la ideología inclusiva en la educación, hegemónica en las últimas décadas, con el fin de comprender sus esquemas político ideológicos sobre una base material capitalista

  • This article undertakes a critical reading over the inclusive ideology in education

  • in order to interpret its political-ideological outlines on a material capitalist groundwork

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Summary

Giovani Ferreira Bezerra

Este texto empreende uma leitura crítica acerca do ideário inclusivista em educação, hegemônico nas últimas décadas, a fim de compreender seus delineamentos político-ideológicos em uma base material capitalista. Forjado no bojo das reformas neoliberais, empreendidas no fim do século XX pelo capital em crise, com desdobramentos atuais no século XXI, tal ideário vem sendo disseminado de forma ostensiva na educação brasileira, particularmente no caso da inclusão escolar de pessoas com deficiência. Os resultados situam o ideário inclusivista como reforma pontual do sistema capitalista, que tem se utilizado do discurso em prol da inclusão como uma justificativa ideológica para assegurar sua manutenção, reforçando a crença na escola redentora e idealizada, fundamentada pelas pedagogias do aprender a aprender.

Abordagem metodológica
Considerações Finais

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