Abstract

Na América Latina tem existido, nos últimos tempos, uma maior preocupação pela integração das comunidades locais nas decisões sobre o modo como estas devem ser representadas em museus. Este processo tem-se notado sobretudo com as comunidades indígenas, mudando claramente os paradigmas ocidentais sobre como expor a cultura material do passado e na representação de povos com diferente matriz cultural. Com este texto pretendemos apresentar duas exposições recentes realizadas em Santiago do Chile sobre a cultura mapuche, debatendo as estratégias usadas pelos seus curadores para mostrar os objetos dessa comunidade indígena e também a complexa relação da museologia com o património arqueológico.

Highlights

  • Lately, in Latin America, there has been a greater concern for the integration of local communities in the decisions about how they should be represented in museums

  • This process has been noted mainly with indigenous communities, clearly changing the Western paradigms on how to expose material culture of the past and on the representation of people with a different cultural matrix. With this text we intend to present two recent exhibitions held in Santiago de Chile about Mapuche culture, debating the strategies used by the curators to show the objects of this indigenous community and the complex relationship between museums and archeological heritage

  • Fundamentalmente dialéctico, el museo sirve a la vez como cámara sepulcral del pasado – con todo lo que ello implica de deterioro, erosión y olvido – y como sede de posibles resurrecciones, bien que mediatizadas y contaminadas, a los ojos del contemplador

Read more

Summary

As comunidades indígenas nos museus chilenos

Os povos originários do Chile apresentavam uma baixa representatividade nos museus chilenos. Provavelmente, uma das exposições que melhor demonstra como uma reorganização das coleções pode alterar completamente o seu contexto foi a exposição Mining the Museum, de Fred Wilson, na Maryland Historical Society, na qual Wilson confrontou artefactos historicamente importantes – misturando, entre outros exemplos, grilhetas de escravo com ourivesaria colonial do século XVII – por forma a chamar a atenção para as injustiças da história e o facto de os objetos não serem devidamente exibidos (Stein 2003), criando através da ironia um novo ponto de vista sobre a colonização e a escravatura. Como vimos, foram as instituições que mais se viram “afetadas” pelos defensores dos direitos indígenas, não obstante, têm sido também, nos últimos tempos, capazes de se tornarem espaços de conciliação entre o estudo da cultura material e as comunidades indígenas. O que está em jogo é a convivência entre pessoas, como indica Besterman: «ethics defines the relationship of the museum with people, not with things» (Besterman 2006: 431)

Reflexões finais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.