Abstract

Este artigo apresenta uma reflexão crítica sobre a relação entre os discursos de legitimação, que sustentam os géneros musicais, e a hierarquização do conhecimento como forma de dominação no campo da ciência. O texto centra-se na polarização música “erudita” e música “popular”, discorrendo sobre os efeitos da mesma na formação dos músicos contemporâneos nas instituições de ensino. Usamos a Música para Cinema como exemplo concreto das ambiguidades e fragilidades discursivas que têm colocado a música “erudita” no centro da investigação e prática académica. Finalmente, sugere-se a inclusão das perspetivas teóricas e metodológicas dos Estudos Culturais como resposta à resistência da Musicologia tradicional, que tem subalternizado as práticas musicais populares em geral e os géneros contemporâneos em particular. Advoga-se um reposicionamento académico no que respeita à formação dos músicos e à Música, que possa resultar na democratização e inclusão das práticas musicais contemporâneas.

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