Abstract

Os dados utilizados neste estudo foram obtidos de um experimento sobre desbaste, instalado em povoamentos de eucalipto da Copener Florestal Ltda., na região nordeste do Estado da Bahia. Os dados foram coletados em 48 parcelas permanentes retangulares, com área útil de 2.600 m². O primeiro desbaste foi aplicado aos 58 meses, sendo consideradas diferentes porcentagens de redução da área basal. O objetivo do estudo foi construir um modelo de crescimento e produção por classe de diâmetro para povoamentos de eucalipto submetidos a desbaste. A redistribuição teórica dos diâmetros foi feita a partir de equações lineares e não-lineares entre os parâmetros da função Weibull em uma idade futura (beta2 e gama2) e os parâmetros em uma idade atual (beta1 e gama1), associados a algumas características do povoamento em idades atual e futura. Foram avaliados três sistemas de equações, utilizando-se o coeficiente de determinação ajustado, o coeficiente de correlação e a análise gráfica dos resíduos. Foram realizados testes para verificar a compatibilidade dos sistemas e a identidade entre eles. O sistema selecionado é compatível e garante a propriedade de que, quando a idade futura (I2) for igual à idade atual (I1), a distribuição diamétrica na idade futura é igual à distribuição diamétrica na idade atual. Ao aplicar o modelo, foram geradas estimativas precisas e consistentes de crescimento e produção por classe de diâmetro.

Highlights

  • A modelagem do crescimento e da produção de povoamentos submetidos a desbaste tem sido feita por meio dos modelos em nível de povoamento (BUCKMAN, 1962; CLUTTER, 1963; PIENAAR, 1979; CLUTTER e JONES, 1980; PIENAAR e SHIVER, 1984; CAMPOS et al, 1988; DIAS, 2000; entre outros) e, em alguns casos, empregando-se modelos de distribuição diamétrica (CAMPOS e TURNBULL, 1981; NOGUEIRA et al, 2001)

  • Para estimar a freqüência diamétrica por parcela foi utilizada a função-densidade de probabilidade Weibull, definida por: Quadro 1 – Localização dos experimentos Table 1 – Experiment sites

  • Foram considerados como variáveis dependentes os parâmetros da função Weibull em uma idade futura e, como variáveis independentes, os parâmetros dessa mesma função em uma idade atual e as características do povoamento nas idades atual e futura

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Summary

INTRODUÇÃO

A modelagem do crescimento e da produção de povoamentos submetidos a desbaste tem sido feita por meio dos modelos em nível de povoamento (BUCKMAN, 1962; CLUTTER, 1963; PIENAAR, 1979; CLUTTER e JONES, 1980; PIENAAR e SHIVER, 1984; CAMPOS et al, 1988; DIAS, 2000; entre outros) e, em alguns casos, empregando-se modelos de distribuição diamétrica (CAMPOS e TURNBULL, 1981; NOGUEIRA et al, 2001). Os modelos em nível de povoamento são inflexíveis para analisar simulações de desbastes (BURKHART et al, 1981). Os modelos de distribuição diamétrica possibilitam a avaliação econômica de multiprodutos, além de serem flexíveis para analisar simulações de desbaste (BURKHART et al, 1981). A maioria dos modelos de distribuição diamétrica foi ajustada com dados de povoamentos não-desbastados, especialmente de Pinus. A explicação para a carência de estudos com modelos de distribuição diamétrica em plantações de eucalipto submetidas a desbaste é a falta de dados confiáveis, já que antes da década de 1990, em geral, não havia muito interesse em produzir árvores de eucalipto de grande porte. O objetivo deste estudo foi construir um modelo de distribuição diamétrica para povoamentos de eucalipto submetidos a desbaste

Descrição dos dados
Freqüências diamétricas estimadas
Redistribuição teórica dos diâmetros por classe
Avaliação da redistribuição teórica dos diâmetros
Avaliação da predição da produção em volume
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Freqüências diamétricas observada e estimada
Análise de compatibilidade e identidade entre os sistemas
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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