Abstract

Este trabalho é um recorte de uma pesquisa anterior, cujo objeto de investigação foi uma intervenção colaborativa efetuada em um 6º ano de uma escola pública da periferia de Londrina. O objetivo geral da pesquisa pautou-se na validação didática da metodologia de ensino de línguas proposta por pesquisadores filiados ao Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) em contexto específico da escolarização pública brasileira, a partir de três focos: a) os objetos/instrumentos de ensino; b) os alunos e o desenvolvimento de suas capacidades linguageiras; c) o professor no seu agir didático. A pesquisa investigou todo o processo de implementação de um projeto de escrita baseado na transposição didática do gênero "carta de reclamação", orientado pela ferramenta sequência didática (SD). Neste artigo, abordamos a teoria dos gestos didáticos - expandida por pesquisadores brasileiros filiados ao ISD - adaptada, por pesquisadores de Genebra, do conceito de gestos profissionais da Clínica da Atividade. O objetivo é apresentar resultados relativos ao agir do professor na mobilização da ferramenta SD, tomando como foco o gesto didático fundador relativo à mobilização da memória didática (ou memória das aprendizagens). Esse gesto se mostrou de suma importância no desenvolvimento da SD, pois foi responsável pela articulação entre os demais gestos didáticos fundadores, configurando-se, assim, em uma ferramenta integradora do projeto de escrita da "carta de reclamação", objeto unificador da SD desenvolvida.

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