Abstract

Este artigo explora uma complexa relação entre moral e sujeito do inconsciente. O objetivo principal foi uma tentativa de articular a moral, segundo Foucault, ao superego, uma instância psíquica que faz parte do inconsciente, conceito forjado por Freud. A moral, lida pela lente foucaultiana, é uma construção histórica que serve para disciplinar e controlar sujeitos. Já o superego é uma instância psíquica formada a partir da introjeção das leis e normas, mas que deixam de ser as mesmas quando inscritas no sujeito do inconsciente. Utilizamos, assim, o mecanismo dos sonhos e o controle da sexualidade como formas de ilustração do princípio da moral no inconsciente. Os sonhos são realizações de desejos interditados que foram recalcados, mas retornam de forma velada (esses desejos são distorcidos e censurados). E, por se tratar de desejos moralmente proibidos pela época e pela regulação do superego, não deixam de causar efeitos de mal-estar no sujeito e, por conseguinte, no coletivo.

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