Abstract
Este ensaio analisa a canção de Chico Buarque (letra) e Tom Jobim (melodia), observando o trabalho do poeta e do músico na criação de uma rede de compatibilidades entre palavra e música. A letra da canção apresenta-se como um texto passional, paradoxalmente entretecido de argumentos que Perelman denomina quasi-lógicos; no texto melódico o gênero da valsa, a forma do rondó e a circularidade harmônica são alguns dos elementos que apresentam ressonâncias com a letra composta por Chico Buarque.
 
 Palavras-chave: Canção. Plano da Expressão. Argumentação.
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