Abstract

Este artigo pretende discutir o conceito de patrimônio como um elemento que reproduz os valores dominantes de uma sociedade patriarcal e classista. Ao adotar uma abordagem crítica do patrimônio cultural nacional, que rompa com a hegemonia tradicional nessa área, reconhecemos a decolonialidade e a perspectiva feminista como abordagens teóricas intrinsecamente ligadas. Utilizamos um exemplo de uma residência do século XIX para demonstrar que existem diagramas espaciais que podem complementar a documentação oficial dos bens protegidos. Reconhecemos que, por meio do patrimônio construído, é possível relatar perspectivas que foram ignoradas pelos responsáveis pela documentação histórica, e questionar e/ou reafirmar identidades já consolidadas, muitas vezes baseadas em mitos construídos com interesses específicos. Concluímos que, com os devidos instrumentos analíticos, o patrimônio cultural pode auxiliar na compreensão da dimensão espacial como uma construção social, abrindo caminho para uma estratégia didática em busca de um novo modelo arquitetônico.

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