Abstract
<p>Este texto procura analisar o percurso da laicidade no decorrer das últimas décadas.<strong> </strong>O que se desenvolve no âmbito da abordagem aqui proposta, assinala alguns dos deslocamentos, das mudanças e das transformações que se evidenciaram no contexto da laicidade francesa e europeia desde os anos 1980 até os dias atuais. Veremos como se dão as renovações e ressignificações teóricas que o termo laicidade adquire com o avanço do reconhecimento de novas reivindicações religiosas no quadro contemporâneo. O que se verifica entre outras coisas, é que podemos computar uma extensão considerável no que diz respeito ao reconhecimento das intervenções coletivas por parte das Igrejas e, ao mesmo tempo, registra-se o reforço das coesões que se firmam a partir das últimas décadas com a redescoberta da educação e da cidadania. Uma redescoberta que encontra aspirações renovadas em experiências sociais de ordem pública e jurídica. O que podemos notar no rol das pluralidades e das construções identitárias e religiosas atuais, é possivelmente a indicação de uma quarta era dos direitos humanos, uma era que incorpora os direitos culturais e que assiste ao retorno da religião no coração do debate social.</p>
Highlights
La question laïque s’était retirée, depuis la fin de la Troisième République, de l’espace de nos délibérations collectives
This text intends to analyze the course of secularism over the last decades
What is developed on the ambit proposed
Summary
La question laïque s’était retirée, depuis la fin de la Troisième République, de l’espace de nos délibérations collectives. Le retour de la revendication identitaire a nourri une réflexion renouvelée sur la laïcité, approchée désormais, non plus, comme du temps de nos passions scolaires, sous l’espèce d’un enjeu sectoriel, mais bien sous celui d’un objet à dimension universelle, renvoyant à la structuration globale de notre mode d’existence politique (PORTIER, 2016). Les valeurs renvoient à un modèle moral d’achèvement : « Elles expriment le caractère des biens considérés comme désirables par certains groupes de personnes ». Il semble bien que depuis une vingtaine d’années, nous soyons entrés subrepticement, en rupture avec le partage privé/public traditionnel, dans un autre régime de laïcité, où il s’agit de promouvoir au contraire « une culture commune exprimant ce que certains groupes de personnes considèrent comme étant préférable » Cette « axiologisation de la laïcité », qui se traduit par une remise en cause de l’architecture séparative héritée du début du XXe siècle, est le produit d’une conjoncture inédite, marquée par un déplacement des enjeux, une reconfiguration des discours, une transformation des règles
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