Abstract

Tendo em vista que a questão da justiça é o fio condutor das tragédias de Eurípides e que o enredo (entendido como “a combinação dos fatos”, sýnthesin tôn pragmáton, Aristóteles, Poét.1450a4-5) é uma imagem diegética da noção mítica de Justiça, a leitura parte por parte da tragédia As Suplicantes de Eurípides mostra que – nomeada ou não – a Justiça, filha de Zeus, se manifesta no horizonte temporal do curso dos acontecimentos, punindo transgressões e impiedades dos mortais. Se a Justiça é divina por ser um dos aspectos fundamentais do mundo, a piedade reside nas decisões e atitudes dos mortais, que os tornam gratos aos Deuses imortais. A punição dos Deuses aos mortais tende a ser antes coletiva que individual, mas a graça dos Deuses aos mortais, antes individual que coletiva.

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