Abstract
Este artigo aborda a normalização dos corpos de jovens LGBT+ no ambiente escolar, especialmente nas aulas de Educação Física (EF). Influenciada por uma tradição esportiva, a EF reflete discursos que hierarquizam e segregam de forma binária os corpos entre masculinos e femininos, perpetuando a exclusão. Considerando a relevância da escuta da perspectiva dos jovens não binários sobre a EF, nosso objetivo foi caracterizar e analisar as experiências escolares de um jovem gay e um jovem trans por meio de entrevistas narrativas. Eles relataram discriminação na escola, especialmente por parte de professores e coordenadores, destacando a falta de apoio institucional. Suas aulas de EF foram descritas como pouco diversificadas e inclusivas ao longo dos anos. Competições esportivas escolares também causaram tensão, destacando a exclusão ligada à segregação binária e à normatividade de gênero e habilidade. A partir da escuta dessas narrativas, indicamos a necessidade de repensar e diversificar as aulas de EF, reformar a arquitetura dos espaços, problematizar as relações de poder e ausência de protagonismo juvenil na escola, assim como reconstruir o esporte e as competições escolares para torná-los inclusivos e acolhedores para todas as pessoas. Por fim, as mudanças precisam contar com a escuta ativa da comunidade LGBT+ da escola.
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