Abstract
Este artigo tem como objetivo mostrar as relações que João Guimarães Rosa travou com a família judaica de Israel Klabin. A partir das correspondências entre Rosa e Klabin e de uma entrevista realizada por mim, intento demonstrar o filossemitismo de Rosa. Além disso, com base em documentos, livros e pesquisas, discuto o conhecimento e a atuação de Rosa na emissão de vistos para judeus durante seu período na Embaixada Brasileira em Hamburgo.
Highlights
Resumo Este artigo tem como objetivo mostrar as relações que João Guimarães Rosa travou com a família judaica de Israel Klabin
Mesmo sem apontar diretamente o que de fato fez Rosa em favor dos judeus, Vilhena de Araújo recorre à entrevista de Rosa a Lorenz e discorre sua argumentação com base na diplomacia, na justiça e numa ação contrária ao Nazismo: O próprio Guimarães Rosa descreve este domínio avassalador do político na Alemanha nazista, em seu conto ‘O Mau Humor de Wotan’
Uma ressalva: Rosa foi retido (e não efetivamente preso) em Baden-Baden durante quatro meses, já que em 1942, “com a ruptura das relações diplomáticas entre o Brasil e os países do Eixo, o corpo diplomático e outros funcionários brasileiros latino-americanos são internados num hotel em Baden-Baden [...] permanecem confinados num hotel com suas famílias e sofrem racionamento de comida e a proibição de sair à rua”
Summary
Uma das grandes questões que ainda não se tem resposta definitiva é a participação ou não de João Guimarães Rosa na emissão de vistos a judeus durante sua época na Embaixada Brasileira em Hamburgo. É muito perigoso ser genérico ao relatar um acontecimento de tamanha grandeza como fez, por exemplo, Vicente Guimarães ao dizer: “apoiado por sua mulher, Aracy, Rosa decidiu ajudar os judeus que o procuraram a escapar do país, para não serem mortos pelo regime nazista.
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have