Abstract
No que diz respeito aos pontos de vista sobre a probabilidade de Ludwig von Mises, é inegavelmente verdade que estes apresentam nuances consideráveis e que podem ser considerados como sendo de uma variedade sui generis. Mesmo que as visões de Ludwig von Mises sobre probabilidade exibam uma afinidade conceitual mais próxima com a filosofia de probabilidade de Keynes do que com a interpretação de frequência defendida por seu irmão Richard von Mises, uma importante diferença entre as visões de Ludwig von Mises e de John Maynard Keynes a esse respeito será, no entanto, reconhecido.
Highlights
As questões complexas relativas à interpretação e ao significado de diferentes conceitos de probabilidade, bem como ao alcance legítimo de sua aplicação útil nas Ciências
As regards the views about probability of Ludwig von Mises, it is undeniably true that these display considerable nuance and that they can be considered as being of a sui generis variety
Even if Ludwig von Mises’s views on probability exhibit a closer conceptual affinity with Keynes’s philosophy of probability than with the frequency interpretation espoused by his brother Richard von Mises, an important difference between the views of Ludwig von Mises and those of John Maynard Keynes in this respect will be acknowledged
Summary
As interpretações de probabilidade são comumente divididas em (1) epistemológicas (ou epistêmicas) e (2) objetivas. Presume-se assim que a probabilidade de ocorrência do evento no ensaio ‘r’ é igual a priori à sua probabilidade no ensaio ‘n’ e, ademais, que não seja afetada por um conhecimento do que pode, na verdade, ter Keynes também sugeriu renomear a lei dos grandes números para lei da estabilidade das frequências estatísticas, a qual fornece um claro resumo do seu significado: Mas a ‘lei dos grandes números’ não é um bom nome para o princípio subjacente à indução estatística. De acordo com o ponto de vista da frequência, a aplicação bem-sucedida de teoria da probabilidade, em especial, para fins de inferência estatística, está condicionada ao cumprimento de um pressuposto particular: em um domínio particular da realidade, um ou mais coletivos existem como uma questão de fato. Segundo tal ponto de vista, a estatística estaria mais para uma subdisciplina ou uma disciplina auxiliar da historiografia
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