Abstract

O artigo trabalha com a ideia da unidade da obra de Rousseau envolvendo os escritos de diferentes naturezas que ele produz. Busca mostrar seu caráter dinâmico, multifacetado, plástico, mas também preso às verdades práticas, básicas, e interesses e convicções essenciais, urgentes, ligadas ao útil, ao necessário, para a felicidade do gênero humano, recusando que se faça pouco caso dos atributos que dignificam o homem e lhe cobram tomar partido ante os absurdos do tempo, envolvendo a responsabilidade que teria tudo para encontrar no indivíduo a referência que pode explorar suas saídas, fazendo-o um bom uso, elevando seus horizontes, tornando-se mais conhecedor de si mesmo e generoso. Precisa dos atropelos da vida para aprender com os erros, entretanto, que ameaçam sua subsistência, definem o esgotamento de recursos da natureza, privando-o de buscar meios capazes de lhe auxiliarem enquanto mediadores, levando-o a retomar o eixo que facilita o recurso aos remédios, pois nasce-se, virtualmente, para o bem moral, mas fica-se, no entanto, enceguecido, até se chegar ao eixo novamente.

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