Abstract

No Arquipélago de São Pedro e São Paulo, a deposição de excrementos da avifauna foi responsável pela fosfatização de suas rochas. Como feição mais característica, formaram-se crostas fosfáticas. Com base em metodologias pertinentes ao trabalho de campo (observação, descrição e coleta) e de laboratório (análises geoquímicas, mineralógicas e microscópicas), esse trabalho buscou caracterizar tais crostas e compreender suas implicações geomorfológicas e paleogeográficas. As crostas foram definidas como feições de acumulação de excrementos, ricos em fósforo, mineralizados sobre rochas homogêneas (peridotitos milonitizados). Depois de formadas, o comportamento hidrofóbico de tais crostas protegeu as rochas contra o avanço acelerado do perfil de alteração e da atuação de processos erosivos, tornando as encostas em que são encontradas mais íngremes e convexizadas. Ao contrário, onde a formação da crosta não foi verificada, as encostas encontram-se concavizadas e a rocha mais profundamente alterada. A presença de tais crostas também indica a existência de ambientes áridos pretéritos, diferentes das condições climáticas atuais, onde foi possível a acumulação do guano sobre a superfície.

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