Abstract
Este texto analisa o problema da narrativa para a História tal como aparece na historiografia prussiana do século XIX, tomando como objeto de discussão algumas proposições de Humboldt, Gervinus, Ranke e Droysen a respeito. Estes autores conferiram papel decisivo à elaboração das narrativas com os resultados do trabalho da pesquisa histórica, destacando esta dimensão muitas vezes negligenciada pelos historiadores de seu tempo. Depois de Chladenius, mas muito antes de Hayden White, Paul Ricoeur ou Lawrence Stone colocava-se a questão da urdidura do enredo, da referência ao real e da possibilidade de tropologias de representação do passado como fundamentos da escrita da História.
Highlights
História e narrativa na historiografia alemã do século XIXEste texto analisa o problema da narrativa para a História tal como aparece na historiografia prussiana do século XIX, tomando como objeto de discussão algumas proposições de Humboldt, Gervinus, Ranke e Droysen a respeito.
Estes autores conferiram papel decisivo à elaboração das narrativas com os resultados do trabalho da pesquisa histórica, destacando esta dimensão muitas vezes negligenciada pelos historiadores de seu tempo.
Depois de Chladenius, mas muito antes de Hayden White, Paul Ricoeur ou Lawrence Stone colocava-se a questão da urdidura do enredo, da referência ao real e da possibilidade de tropologias de representação do passado como fundamentos da escrita da História.
Summary
Este texto analisa o problema da narrativa para a História tal como aparece na historiografia prussiana do século XIX, tomando como objeto de discussão algumas proposições de Humboldt, Gervinus, Ranke e Droysen a respeito. Estes autores conferiram papel decisivo à elaboração das narrativas com os resultados do trabalho da pesquisa histórica, destacando esta dimensão muitas vezes negligenciada pelos historiadores de seu tempo. Depois de Chladenius, mas muito antes de Hayden White, Paul Ricoeur ou Lawrence Stone colocava-se a questão da urdidura do enredo, da referência ao real e da possibilidade de tropologias de representação do passado como fundamentos da escrita da História. Tornou-se corriqueiro vincular o debate sobre a narrativa na História a Hayden White em seu Meta-história de 1974 (1998) e à publicação, pelo historiador marxista Lawrence Stone, do artigo The revival of narrative (1979). A rigor o campo poderia ser delimitado entre os historicistas de um lado, que reconhecem a importância da compreensão e da exposição como momentos distintos do fazer histórico, e os defensores da tese narrativista de outro, que entendem a narrativa como sendo o próprio modo de explicar da História
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