Hidropolímeros biodegradáveis afetaram o desenvolvimento inicial de mudas de Handroanthus impetiginosus e Eugenia uniflora em área degradada?

Abstract

Este estudo avaliou o efeito do uso de diferentes hidropolímeros biodegradáveis no crescimento inicial e na sobrevivência de Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos e Eugenia uniflora L. em condições de campo, em uma área a ser restaurada em Dourados, MS. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) com oito tratamentos: T1 - carboximetilcelulose (CMC); T2 - goma guar (GG); T3 - carboximetilcelulose e goma guar (CMC+GG); T4 - vermiculita (VMTA); T5 - vermiculita e carboximetilcelulose (VMTA+CMC); T6 - vermiculita e goma guar (VMTA+GG); T7 - carboximetilcelulose, goma guar e vermiculita (CMC+GG+VMTA) e T8 - controle, com dez repetições cada, totalizando 160 mudas. As espécies foram avaliadas aos 0, 90 e 180 dias após o plantio, analisando parâmetros de crescimento (altura e diâmetro) por meio de ANOVA a 5% de significância, e a sobrevivência através de curvas de Kaplan-Meier e teste log-rank. Os resultados indicaram que o uso de hidropolímero não teve impacto significativo (p > 0,05) no crescimento das espécies, possivelmente devido à ausência de déficit hídrico durante o experimento ou à dosagem inadequada. As curvas de probabilidade de sobrevivência mostraram diferenças significativas (p < 0,0001) entre as espécies, com H. impetiginosus apresentando alta taxa de sobrevivência (95,7%) e E. uniflora baixa taxa (15,2%) no final do estudo. A probabilidade de sobrevivência entre os tratamentos não foi significativa para ambas as espécies (p = 0,22 para H. impetiginosus e p = 0,25 para E. uniflora). A baixa sobrevivência de E. uniflora, incluindo o controle (22,5%), sugere que fatores além do hidropolímero influenciaram os resultados, como possíveis danos no sistema radicular ou a qualidade das mudas.