Abstract

Enilda Ribeiro (1923-2010) foi uma arquiteta, urbanista e comunista, pioneira e representativa em seus espaços de ação. Foi a primeira mulher diplomada em curso superior de Arquitetura no Rio Grande do Sul, em 1950. Foi perseguida na ditadura civil-militar: em 1964, expurgada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e exonerada da Prefeitura de Porto Alegre. Na década de 1980, foi a primeira presidenta do Departamento do Rio Grande do Sul do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS) e se destacou no debate político-profissional nas entidades de Arquitetura e Urbanismo, principalmente na luta por um conselho profissional próprio. É esse o recorte temporal e temático do arquivo pessoal Enilda Ribeiro, que reúne 36 caixas sob guarda do IAB-RS. Justifica-se, então, o mérito da preservação desses documentos, como suportes de memórias de uma coletividade e de visibilização de uma mulher na história da Arquitetura. No entanto, a formação desse arquivo lança desafios para a patrimonialização arquivística, processo que garante a sua guarda permanente. Trata-se de uma miscelânea de papéis, de diferentes espécies e proveniências, muitos deles de difícil identificação, acumulados por Enilda Ribeiro em função das suas atividades e doados ao IAB-RS após o seu falecimento. Porém, a ausência de políticas de gestão documental na instituição custodiadora é outro desafio para a patrimonialização, já que a avaliação e a classificação dos documentos se tornam inviáveis. Portanto, este trabalho apresenta uma análise do arquivo, por meio da etnografia de documentos, bem como considerações sobre a sua patrimonialização.

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