Abstract

O momento de crise causado pela pandemia de coronavírus (COVID-19) no início do ano de 2020 implicou um deslocamento da prática religiosa do espaço físico para o espaço virtual. A solução encontrada por pais e mães de santo foi adotar o recurso tecnológico das redes sociais para executarem a prática litúrgica (giras de Umbanda) em formato on-line, através de lives, devido à impossibilidade de abertura dos terreiros à egrégora, parcial ou totalmente. Partindo do pressuposto de que a Umbanda é um processo comunicacional caracterizado pela tríade “entidade/médium/consulente”, observa-se, através da análise de vídeos de giras on-line disponibilizados na plataforma YouTube, uma experiência diferenciada na questão da religiosidade, interação e incorporação (com base teórica em Mircea Eliade, Muniz Sodré e Luís Mauro Sá Martino), pois o espaço sagrado, ao mesmo tempo palco litúrgico, fragmenta-se para também surgir para o espectador, no espaço virtual e acaba por reconfigurar aspectos comunicacionais e basilares da religião.

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