Abstract
O presente texto aborda um conjunto de resultados advindos de uma prática pedagógica investigativa realizada com crianças do Jardim B (Pré-escola) de uma Escola Municipal Infantil localizada no Rio Grande do Sul. Seu objetivo é problematizar os saberes que emergiram quando as crianças foram postas em contato com tarefas vinculadas às Noções Geométricas Espaciais. De cunho qualitativo e inspirações etnográficas, a investigação tem como referencial teórico-metodológico o campo da Etnomatemática, interessado em examinar questões sociais e culturais no âmbito do ensino. O material de pesquisa foi composto pelo diário de campo da professora/pesquisadora, gravações de vídeo, material produzido pelos estudantes, tais como desenhos, maquetes e construções. A análise efetivada sobre o material de pesquisa evidenciou que as crianças se utilizaram de diferentes estratégias para operar com noções de volume. Tal resultado pode ser produtivo para que saberes gerados nessa faixa etária possam ser problematizados com vistas à qualificação do ensino de Matemática na Educação Básica.
Highlights
Its purpose is problematizing the knowledge that emerged when children were put in touch with tasks connected with Notions of Spatial Geometry
With a qualitative nature and ethnographical inspiration, the investigation has the field of Ethnomathematics as its theoretical-methodological framework; this field focuses on social and cultural aspects within teaching
The research material is constituted by the teacher/researcher’s field journal, video shootings, materials produced by the students, such as drawings, models and constructions
Summary
Such an outcome may be productive in that the knowledge produced within this age range may be problematized, qualifying the teaching of Mathematics in Basic Education. Ao pensar em culturas e Matemática, evidenciamos o entrecruzamento da problemática e de aproximações com o campo da Etnomatemática, uma vez que as crianças são seres carregados de conhecimentos via suas vivências, relacionados diretamente com noções de Geometria Espacial. Que se manifestam nas distintas relações entre os seres humanos, abrindo inúmeras possibilidades, uma vez que cada indivíduo convive em diversos contextos culturais e pode contribuir com seus conhecimentos para a coletividade, de modo que a Etnomatemática “está interessada em examinar a diferença cultural no âmbito da Educação Matemática” Acreditamos que a investigação das Noções Geométricas Espaciais praticadas por crianças dessa faixa etária (cinco e seis anos de idade) em suas vivências, possibilitará a interação com estudos do campo da Etnomatemática, uma vez que contemplará as distintas formas de pensar das crianças. Ao permitirmos o acesso de um número maior de instrumentos e técnicas contextualizadas, “muito maior capacidade de enfrentar situações e problemas novos, de modelar adequadamente uma situação real para esses instrumentos, chegar a uma possível solução ou curso de ação” (D’AMBRÓSIO, 2002a, p. 19)
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