Abstract

Este artigo parte de uma reflexão sobre o projeto Clube do Professor Leitor-Escritor, desenvolvido nos municípios de Dois Irmãos e Morro Reuter, no Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de uma “capacitação continuada” para professores de ensino fundamental em que o conto ficcional constituiu-se como texto de estudo. Nosso objetivo foi mapear a forma como as leituras compartilhadas estabeleceram-se neste trabalho e os efeitos da abertura desse espaço na formação continuada de seus participantes. Para tanto, a cada encontro do Clube, produzimos um Diário de Borda: narrativas sobre o modo como as palavras do conto foram sendo tramadas às falas dos participantes. A reflexão sobre os Diários de Borda foi sustentada pelos aportes teóricos de Freud, Lacan e Barthes. Constatou-se que a leitura em companhia favoreceu a escrita criativa dos participantes. O estudo destacou também o estabelecimento de uma articulação entre os significantes do conto e os fragmentos da memória dos leitores, o que resultou na elaboração de uma narrativa que costura a história de cada professor às singularidades de sua prática docente. Enquanto leem contos e escrevem narrativas, os professores tecem o enredo do que nomeamos um conto de formação.

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