Abstract

Entre os vários motivos poéticos que percorrem a obra de Natália Correia, a Ilha e as suas figurações tomam-se por um tópos de destaque. Imbuída de um sentimento particular de quem teve a Ilha por berço, Natália assume-se, por um lado, “menina insular”, atribuindo à Ilha o papel matricial de sua formadora endógena, mas demarca-se, por outro, daquele espaço de pertença e identidade para entoar um hino universal de promoção da Ilha, enquanto lugar de refúgio a que só ela, a poetisa, acede pela rememoração, pelo sonho e pela saudade. É através de uma expressão literária particular, resultado de uma açorianidade intrínseca, e de uma linguagem poética da qual sobressaem os ecos da universalidade que Natália Correia (re)configura a Ilha como um espaço múltiplo, possível (apenas) no universo da (sua) Poesia.

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