Abstract
Define-se asfixia como o cessamento do aporte de oxigênio no organismo, seja advindo da falta de oxigênio ou da interrupção das vias aéreas externas e internas. Globalmente, a asfixia não intencional ainda é um grave problema de saúde pública, pois a asfixia acidental e estrangulamento no leito apresenta-se como principal causador de óbito em crianças menores de 5 anos e grande parte dessas mortes estão ligadas diretamente a hábitos e práticas de sono inseguro. O artigo tem como foco refletir sobre os fatores de riscos para mortalidade infantil por asfixia não intencional em bebês. Quanto à metodologia utilizada, trata-se de estudo teórico-reflexivo, na qual desenvolveu-se uma revisão de literatura em bases de dados do Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Após a leitura dos resumos e compilação dos materiais, os documentos selecionados foram lidos na íntegra, seguidos da análise e identificação dos elementos convergentes para a reflexão. Os resultados foram apresentados descritivamente em três categorias, a saber: Cenário mundial sobre a asfixia acidental e estrangulamento no leito; Fatores de risco para asfixia acidental e estrangulamento no leito; assistência profissional frente asfixia acidental e estrangulamento no leito. Como fatores de risco os achados demonstram que a posição prona, lateralizada, compartilhamento de cama, dormir com o filho após ingesta de substâncias química, adormecer em superfícies inseguras, objetos no ambiente no ambiente do sono, uso em excesso de roupa de cama, edredom e colchões macios. Outro fator de risco existente e denota preocupação são os grupos em situação de vulnerabilidade social, idade mais jovem, sem ou baixa escolaridade, baixo nível econômico e famílias que vivem amontoadas, esse perfil são mais propícias a executar ações de mais riscos para o bebê. As práticas de sono inseguro são bastante comuns e difundidas nos lares, dentre os cuidados fundamentais para prevenção de asfixia no ambiente do sono destaca-se a abstenção de objetos no berço, o não compartilhamento de cama. Essas condutas incorretas são realizadas na sua grande maioria por mães jovens, negras, com baixa escolaridade e em situações de vulnerabilidade social. Torna-se necessário pesquisas voltadas para a asfixia acidental e estrangulamento no leito, juntamente com a qualificação dos profissionais da saúde sobre as novas práticas atualizadas do ambiente do sono seguro conduzida pela Academia Americana de Pediatria.
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