Abstract

Neste artigo procuro retomar o debate em torno da noção de etnogênese, estendendo-o ao contexto histórico da América Latina e do Caribe e relacionando-o à categoria de Povos Indígenas, utilizada por movimentos de cunho étnico-político (mas que se diferenciam de movimentos de cunho nacionalista) ao redor do mundo. Aquilo que Lévi-Strauss chamou de aquecimento das sociedades indígenas no final do século XX, e que outros autores descrevem como um despertar do movimento indígena, continua a provocar debates dentro e fora do meio acadêmico. Fruto do contato direto com os colonizadores, mas indicando um movimento reverso de retomada de terras e direitos, assim como de símbolos, autoestima e orgulho nativo, tais movimentos contemporâneos estariam imbricados nas diferentes reivindicações de identidade étnica que passaram a configurar a assim chamada etnogênese, redobrando a preocupação dos Estados com tais novas formas de organização política, como é o caso do contexto brasileiro aqui abordado.

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