Abstract

As produções culturais do ocidente estão dialogando cada vez mais intensamente com os debates emergentes em suas formações sociais. No Brasil, as transformações políticas da década de 2010 parecem ter atenuado as aproximações entre arte e política, assim como as mudanças tecnológicas possibilitaram diferentes plataformas para o escoamento da produção de artistas ativistas independentes. Diante disso, traçou-se como objetivo analisar o videoclipe Xegay (2021), o qual aborda questões acerca das dissidências de gênero, sexualidade, raça e território, numa espécie de manifesto audiovisual da multiartista Aglei. A análise aponta o modo como a representação e estetização da obra são constituintes de uma transformação nos modos de ver a negritude bixa, compreendendo tal movimentação como uma ação transgressora, a qual acionará a filosofia da espiritualidade afrobrasileira e o empoderamento do corpo bixa como resposta aos discursos racistas e homofóbicos.

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