Abstract

Este artigo apresenta uma discussão acerca das atitudes dos vivos em relação aos mortos, com base na análise dos artefatos cerâmicos e seus arranjos espaciais, indicadores de rituais funerários relacionados aos sítios arqueológicos Laranjal do Jari I e II, antigas aldeias localizadas no sul do Amapá, que datam por volta dos séculos VIII a XV AD. As estruturas de deposição cerâmica revelaram a presença dos conjuntos cerâmicos Jari e Koriabo. A partir da análise tecno-funcional da cerâmica e associações com contextos de deposição e sepultamentos, sugerem-se formas de sociabilidade e concepções sobre vida e morte dessas sociedades pré-coloniais que diferem das noções de afastamento dos mortos e construção de novas identidades, comuns à maior parte das populações indígenas contemporâneas.

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