Abstract

Narrativas construídas durante períodos de internação em instituições psiquiátricas expressam, de formas diversas, o modo como certos sujeitos, que viveram a experiência manicomial, problematizaram esse viver. As narrativas oferecem informações, pistas, vestígios, que ampliam significativamente a compreensão historiográfica sobre tais espaços, de sua constituição em tempos passados até a contemporaneidade, abrindo instigantes questionamentos acerca dos limites do saber e do poder psiquiátrico e, especialmente, acerca dos sujeitos que os ocuparam. A descoberta e a exploração dessas novas fontes, pelos historiadores, delinearam um novo cenário analítico no campo da chamada história da loucura e da psiquiatria, questão discutida na primeira parte deste artigo. Na segunda parte, são apresentadas algumas narrativas elaboradas dentro dos muros institucionais com a intenção, tanto de ouvir o que contam, quanto de mostrar sua contribuição para que os estudos históricos transpusessem alguns de seus "muros".

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