Abstract
Os estudos sobre o acesso e o uso das TICs concentraram-se principalmente no campo urbano, enquanto a juventude rural quase não foi abordada em sua especificidade. Esta pesquisa propôs uma abordagem para a compreensão desse setor populacional no Uruguai a fim de contribuir para sua visibilidade no espaço público. Apresentam-se aqui os resultados do estudo qualitativo de um grupo de jovens rurais uruguaios, composto por alunos do ensino médio agrário da Escola Agrária de Montes. O percurso que propomos parte de um panorama geral sobre a inserção dos jovens na população uruguaia e o acesso às tecnologias de comunicação, bem como a problematização das categorias juventude e ruralidade. O desenho metodológico adota uma abordagem socioantropológica em busca de significados e não de impactos, por meio de entrevista qualitativa. A análise explora dimensões espaciais e temporais da vida cotidiana - tempos de lazer, estudo e trabalho -, sociabilidade, representações e imaginários sobre essas tecnologias e projeções sobre o futuro. Os resultados da pesquisa permitem identificar algumas chaves para compreender as necessidades deste grupo populacional. As relações que se estabelecem em torno das TIC são apresentadas de forma ambígua e conflituosa. Sua chave interpretativa reside em uma situação vital atravessada pela tensão entre a expectativa iminente de migração para a cidade e o desejo de retorno ao meio rural e familiar.
Highlights
Studies on access and use of ICTs have been mainly focused on the urban country
The route that we propose begins with the presentation of a general panorama on the place of young people in the Uruguayan population and the access to communication technologies as well as the discussion of the categories of youth and rurality
The relationships that are established around ICTs are presented in an ambiguous and conflictive way
Summary
Esta comunicación se propone exponer los resultados de una investigación cuyo objetivo general fue estudiar la relación entre jóvenes, tecnología y ruralidad en los jóvenes rurales en el Uruguay, mediante el estudio de un caso acotado: un grupo de jóvenes que asisten a la Escuela Agraria de Montes. Tanto en datos cuantitativos como en cualitativos, respecto de los usos de las TIC de este sector de la población habilita a cuestionarse, entonces, sobre el modo en que se vinculan con estas tecnologías en sus contextos específicos e indagar en las oportunidades y obstáculos que se presentan en la vida de estos jóvenes, para descifrar los significados que les atribuyen. Esta comunicación se concentra en exponer y analizar los resultados del estudio de un grupo de jóvenes rurales uruguayos compuesto por diez estudiantes de bachillerato agrario de la Escuela Agraria de Montes, seis mujeres y cuatro varones entre los 15 y 18 años, que viven en familias cuya subsistencia depende de las tareas rurales. Estas dimensiones se separaron operativamente para la ejecución de la investigación, pero ellas están profundamente interconectadas y así se presentarán en la exposición de los resultados
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