Abstract
Embora a distância temporal entre Agostinho e Freud possa apresentar dificuldades no que se refere a aproximações conceituais, a tentativa deste artigo é reconhecer alguns conjuntos significantes que se estruturam em torno principalmente das noções de memória e de inconsciente. A finalidade de tal procedimento é identificar no que poderíamos chamar de uma antropologia, seja ela agostiniana ou freudiana, elementos para a crítica do sujeito da modernidade. Assim, serāo examinados o conceito de inconsciente freudiano e o de memória agostiniana e a sua referência a conteúdos latentes da mente, para em seguida ser pontuado o diferencial da memória agostiniana como sede de sabedoria e de transcendência, ideia ausente na teoria freudiana. Enquanto em Freud o sujeito fica desabrigado de si, não sendo senhor da própria casa, em Agostinho verifica-se a saída-de-si em direção a um ‘eu’ mais que ‘eu’. Ambos os autores se dedicam a investigar dimensões ocultas e desconhecidas da subjetividade, buscando lhes atribuir alguma inteligibilidade. Com isso explicitam-se elementos para uma crítica dessa “invenção “da modernidade, isto é, o sujeito tido como autossuficiente e autocentrado.
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
Similar Papers
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.