Abstract
nas doze séries iniciais da Lógica do sentido, tendo como principais referências a literatura de Lewis Carroll e a filosofia estoica, Gilles Deleuze se dedica a construir o que chama de organização secundária da superfície, partindo da articulação entre os corpos e a linguagem produzida pelo sentido enquanto acontecimento. Na organização secundária da superfície, o sentido é o efeito das ações e das paixões dos corpos que agem uns sobre os outros, de suas misturas. Na 13ª série desse mesmo livro, Deleuze nos coloca diante de algo bem distinto: não a organização secundária da superfície, mas a ordem primária da esquizofrenia. Impõe-se um não-sentido que faz desmoronar a organização da superfície e que se anuncia como uma vida tempestiva e convulsiva. No entanto, como veremos, esse não-sentido também aponta para a possibilidade de uma produção, de uma expressão criativa outra que a do sentido. Para entender de que maneira esse desmoronamento da superfície pode se tornar uma criação é preciso lidar com a discussão proposta por Deleuze sobre a linguagem da esquizofrenia em Antonin Artaud.
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