Abstract

A educação popular é uma potência contra os negacionismos, pois possibilita retomar a capacidade de escuta, fortalecer as redes de apoio social e favorecer o diálogo. Este artigo objetiva apresentar uma pesquisa participante desenvolvida a partir de uma oficina, com estudos de caso, a qual foi aplicada em uma disciplina da Universidade Federal Fluminense (UFF) com educandos dos cursos de Biomedicina e Nutrição. As ações se basearam na educação popular em saúde e promoveram discussões acerca de como enfrentar o negacionismo científico. Os estudos de caso estão articulados a um projeto de extensão da UFF, que atua com educação popular em saúde no Morro da Providência. A pesquisa tem abordagem qualitativa e os resultados foram analisados pela análise de conteúdo de Bardin. A discussão acerca do negacionismo foi extensa, e, apesar de muitos declararem ser impossível promover o diálogo, destacaram ações pautadas na afetividade e na comunicação. Concluiu-se que as atividades abriram caminho para uma construção dialógica do conhecimento, porém, os educandos apresentaram dificuldades na promoção do diálogo, sendo essa discussão realmente desafiadora. Pretendeu-se contribuir para a formação desses profissionais, aproximando-os da educação popular, de forma a despertar uma maior consciência crítica a respeito do negacionismo científico e da importância de se ter como princípio profissional a saúde popular.

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