Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo identificar como os profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) utilizam a Educação Permanente em Saúde em seu cotidiano com as equipes de Saúde da Família, através de uma revisão de literatura. Realizou-se a análise de seis artigos, os quais foram escolhidos por meio de uma pesquisa na plataforma Lilacs em Março de 2017. Diante dos resultados obtidos, foi possível perceber a grande dificuldade dos profissionais em lidarem com o trabalho pensado coletivamente e para o coletivo, abrangendo suas demandas e mudanças cotidianas. Ainda há nas equipes incertezas e falta de formação sobre a prática no NASF, acarretando falta de planejamento e direcionamento para o trabalho. Também, foi identificado como a saúde pública continua marcada pela tradição fragmentada, pautada em especialistas e atendimentos individuais, o que se distancia consideravelmente do esperado para a atenção primária.

Highlights

  • Para que se estabeleça uma relação entre o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e a Educação Permanente em Saúde (EPS), é preciso compreender a política de Atenção Primária na qual se insere a Saúde da Família

  • Com a regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) baseada na universalidade, equidade e integralidade e nas diretrizes organizacionais de descentralização e participação social a Atenção Primária em Saúde (APS) ganhou espaço nos serviços de saúde, uma vez que se tornou a principal política para orientar a organização do sistema de saúde, para o alcance e promoção de assistência à saúde para todos os indivíduos

  • Destaca-se a definição de Atenção Primaria: A Atenção Primaria é aquele nível de um sistema de serviço de saúde que oferece a entrada no sistema para todas as novas necessidades e problemas, fornece atenção sobre a pessoa no decorrer do tempo, fornece atenção para todas as condições, exceto as muito incomuns ou raras, e coordena ou integra a atenção fornecida em algum outro lugar ou por terceiros (Starfield, 2002, p. 28)

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Summary

Educação permanente em saúde e equipes do NASF

Dentre diversas dificuldades encontradas em sua pesquisa, os autores também identificaram que a ação técnico-assistencial – aquela em que os apoiadores auxiliam as equipes de Saúde da Família com seus conhecimentos em determinadas situações - caracterizava-se, muitas vezes, como uma ação especializada por não saberem fazer algo diferente. Ribeiro et al (2015) perceberam nas falas dos apoiadores uma posição errônea sobre as suas funções com as equipes de Saúde da Família, esperando exercerem funções equivalentes e separadas das delas, inclusive esperando terem salas de atendimento individuais, assim como os apoiados, perpetuando a visão fragmentada de atendimento. É possível perceber que essa visão fracionada impede uma proposta de cogestão que poderia abrir espaços para que o entendimento do papel do apoiador fosse disseminado e que ele se sentisse legitimado na sua ação de dar suporte à equipe da Saúde da Família, como parte dela, sem necessariamente fazer os atendimentos especializados caso não fosse essencial

Considerações finais
Conflitos de interesses
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